domingo, 2 de janeiro de 2011

Eu te amo

Quando essas palavras vem até a ponta de sua língua e então você sorri e as reprime com os dentes. Por que essas três palavrinhas têm que significar tanto? Por que tem que ser last forever? E se isso for verdade naquele momento, naquele único momento e se por aquela única respiração o amor entrou como o ar em você? Essas três palavras não deviam ser assustadoras, nem pra quem fala, nem pra quem escuta, nem pra quem sente e nem para quem não sente.

Eu pensava que amor era pra sempre, então eu descobri que ele é pra sempre, mas muda, às vezes até vira ódio, mas continua sendo amor, às avessas, mas amor; ele pode se transformar também em afeto, carinho, cuidado e não deixará de ser amor. Mas tem aquele amor de momento, aquele segundo de insight que faz você ter certeza dos seus sentimentos e então esse segundo passa e você já não tem mais certeza.

E o amor seria isso? Quando já não temos mais certezas? Quando passamos a viver um dia de cada vez, quando nos preocupamos mas não nos estressamos? Quando você lembra de uns momentos e começa a sorrir, a rir? Quando mesmo com um abraço apertado você não fica perto o suficiente? É quando você não quer dormir para não ficar longe?

Eu não sei, nunca vou ter certeza do que que é, isso eu sei. Eu só vou saber da alegria, das risadas, da saudade, dos beijos, dos abraços, das lágrimas, dos gritos, do adeus, da dor, do cheiro, do gosto, do tato, do arrepio... Isso só eu posso saber, e não me interessa saber o que é, se é bom deixa assim ser, sem pressa. Mas se um dia meu sorriso se demorar e as palavras voarem para fora da minha boca, passando pelos dentes entreabertos, não se assuste, não fique feliz, eu não sei o que eu sinto, só sei que sinto e isso, meu amor, não tem nome, não para mim.

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