Quando eu entrei nesse jardim com você, eu aceitei todas os seus espinhos e folhas secas, até aquelas mais feias e inúteis. Aceitei e não me arrependo, é importante para você e não vai me incomodar, esse jardim é grande, tem lugar para elas e para mim. Eu só lhe pedi que, assim como eu, trouxesse para o nosso jardim três coisas: compreensão, respeito e um pouco de sacrifício.
Veja que eu pedi compreensão e não entendimento, porque você não tem que entender, você tem que aceitar, pelo simples fato de ser importante para mim, porque não te fará mal, porque eu te pedi.
Eu te solicitei respeito e não que você seja igual a mim, até porque eu gostei de você por ser assim... Você. Eu exigi respeito para que você aceite minhas bugigangas sem criticar, porque você e elas podem viver em harmonia. Veja eu e as suas!
Eu implorei um pouco de sacrifício, porque eu me sacrifico. Porque nada é exatamente do jeito que queremos. Você não é como gostaria de ser, eu não sou como gostaria de ser. E se nem nós somos do jeito que queremos, é impossível que o outro seja.
Não pedi amor porque amor não se pede; amor eu não vou te pedir. Amor eu te dei, amor eu te dou, amor você me deu, amor você me dá.
Ainda que possa existir compreensão, respeito e sacrifício sem amor, o inverso é impossível. Esse sentimento sublime seca, murcha, cai, apodrece, como uma flor sem água, e como tal, é irreversível, o que é triste, pois é uma perda imensurável, de lástima sem tamanho.
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