quinta-feira, 28 de abril de 2011
Quando eu descobri...
De cabeça abaixada, sentada na privada e com os dedos entrelaçados no cabelo. Já de olhos fechados e com a mente vazia, um vácuo. Nenhuma pergunta e nada de preocupação, eu estava entorpecida. Abaixei a mão, endireitei o meu corpo e acariciei o meu útero. Então um arrepio me subiu nos braços e me desceu nas pernas, respirei fundo e o meu coração cresceu, multiplicou.
Aquela criatura dentro de mim, cuja existência eu não sabia até dois minutos atrás, ocupou todo o meu novo coração e grande parte do antigo. Era o meu dever protegê-lo, porque só eu seria capaz disso. Ninguém faria melhor trabalho que eu. Duvido que algum super herói já se sentiu dessa maneira. E eu fiquei arrepiada de novo de tanto amor. Eu queria abraçá-la, então me abracei.
Sei que nem todos teriam a mesma reação, mas pela primeira vez eu me senti independente e capaz de tudo. Não importa se todos me deixassem porque ela era parte de mim e, principalmente, naquele momento, eu só queria ela, só ela me satisfaria. Eu tinha necessidade dela e eu faria qualquer coisa por ela. Porque ela era eu, muito mais do que ele, ela era eu!
Anos se passaram após esse episódio, e aquele sentimento que nasceu em mim naquele banheiro ainda queima como uma chama perpétua. Hoje eu tenho mais 2 corações que nasceram da mesma maneira que o primeiro. Às vezes eles se machucam e choram e se preocupam demais, mas têm tanto vigor, como se fossem imortais. E eu sei que é.
Feliz Dia das Mães. Eu amo as minhas.
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Ai que lindo o texto Dai :)
ResponderExcluirbeijinhus.
Lú
NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOSSA
ResponderExcluir*-*