domingo, 29 de maio de 2011

Meu anjo, meu martírio


Uma alma imaculada do mal, do preconceito, da inveja, do orgulho. Essa menina espera o melhor, faz o melhor. Só é machucada pela maldade - quando a vê - tão ingênua, tão inocente. Que faço com ela? Como a proteger? Minha alma rara e doce e frágil e amada? Ela diz para não me inquietar, não me estressar e nem me entristecer, segundo ela, isso não cabe a mim! Tão tola, isso caberia a quem? A mais ninguém, só a mim.

Essa pequena grande alma acha que pode tudo, que pode com todo mundo. Ela não se vê tão frágil, muito pelo contrário, se não me deixasse tão transtornado, acharia graça da ironia. Fico me perguntando quando ela vai ver o mundo como todo o resto vê... E por mais que isso me livrasse de muito trabalho... Não, não, não me livraria de trabalho algum, pois ela se decepcionaria e tudo o que eu fiz para evitar seu desapontamento viria por água a baixo e ela sofreria... Um anjo desse não pode sofrer, não pode sequer conhecer o sofrimento... Um anjo desse...

Eu sei, talvez eu seja um iludido tanto quanto ela... Ela não vendo maldade e eu não vendo que não posso protegê-la de tudo, ambos nos merecemos, de certa forma. Eu e esse anjo; a vida é mesmo muito perfeita por nos ter unido. Olha-me! Eu vendo o mundo tão angelical! Tudo culpa dessa alma, que grudou em mim, que está em mim.

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